O que a Inteligência Artificial pode fazer pela acessibilidade

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O que a Inteligência Artificial pode fazer pela acessibilidade

14/05/2018 - Fonte: Linkedin

A inclusão deve ser mais que um punhado de palavras bonitas num cartaz. Ela precisa estar presente nos produtos e serviços que uma empresa cria desde as discussões iniciais de um projeto. A tecnologia tem muito a contribuir para que pessoas com deficiência possam superar as barreiras que o mundo impõe.

No Microsoft Build 2018, evento anual da Microsoft para desenvolvedores que começou ontem, 7 de maio, estamos anunciando a IA para Acessibilidade. Este novo programa de cinco anos terá 25 milhões de dólares destinados a aproveitar o poder da IA para ampliar a capacidade humana para mais de um bilhão de pessoas com deficiências em todo o mundo.

É uma convocação para que desenvolvedores, ONGs, universidades e pesquisadores direcionem seu trabalho para pessoas com deficiências, concentrando-se em três desafios: emprego, conexão humana e vida moderna. Inclui subsídios, tecnologia e experiência em Inteligência Artificial baseadas nos Serviços Cognitivos da Microsoft para ajudar os desenvolvedores a criar aplicativos inteligentes que visualizam, ouvem, falam, entendem e interpretam as necessidades das pessoas.

Há muitos anos a Microsoft AI and Research, nossa unidade de pesquisa e desenvolvimento, desenvolve projetos de acessibilidade. São inovações incríveis, que me deixam ainda mais orgulhosa quando penso que estão sendo lideradas por um cérebro brasileiro. O engenheiro Henrique Malvar, o Rico, nascido no Rio e criado em Brasília, hoje comanda o grupo de pesquisas NeXt Enable da Microsoft AI and Research.

Desse centro de pesquisa estão nascendo ideias que podem mudar para melhor a vida de milhões de pessoas. Um exemplo é o Soundscape, aplicativo para celular, capaz de ajudar os deficientes visuais, por meio de um fone de ouvido, a se localizarem enquanto andam na rua. Ainda inédito no Brasil, o app usa uma técnica de som 3D para indicar quando o usuário deve virar à direita ou à esquerda, como se fosse um GPS, e informa o nome das ruas e das lojas, por exemplo, pelas quais a pessoa está passando.

É gratificante observar a autonomia que o Soundscape dá ao deficiente visual, como Maia, usuária do aplicativo em San Francisco. No vídeo a seguir, podemos vê-la animada, ouvindo o que está ao seu redor, caminhando com confiança e comemorando a experiência.

Outro exemplo é o Eye Control, um sistema baseado em Inteligência Artificial (IA) que permite ao deficiente físico mover uma cadeira de rodas com o olhar.

O sistema vem sendo aprimorado desde 2014, quando a Microsoft criou uma maratona de programação interna para ajudar Steve Gleason , ex-jogador de futebol americano, a superar restrições de mobilidade impostas pela esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa incurável. Desde então, a tecnologia já evoluiu muito, passando a rastrear os movimentos dos olhos em substituição ao mouse e ao teclado no Windows 10. Em outubro passado, o Eye Control foi incluído na atualização Fall Creators Update do Windows 10. Agora, desenvolvedores do mundo todo podem criar aplicações acessíveis.

Aqui no Brasil, a equipe de Engenharia e Inovação da Microsoft está criando um projeto experimental que conecta um sistema de comandos oculares a uma cadeira de rodas motorizada. Essa tecnologia habilita o cadeirante a salvar uma sequência de comandos oculares, como a ida da sala ao quarto, para que possa ser reproduzida depois por meio de um atalho. Em tempo: um dos componentes dessa equipe é Allan Targino, evangelista técnico de 24 anos. Allan entrou na Microsoft como estagiário e se tornou funcionário há um ano. Talentos como o Allan me enchem de orgulho.

As iniciativas de acessibilidade da Microsoft também beneficiam os deficientes auditivos, como o app Tradutor. Baseado em IA, o aplicativo usa uma forma avançada de reconhecimento automático de voz para converter a linguagem falada – mesmo a gaguejada – em texto fluente e pontuado. O aplicativo pode ser instalado em qualquer smartphone, e, numa conversa, traduz voz para texto e texto para voz em mais de 15 idiomas. Além da nuvem, essa tecnologia pode ser usada no PowerPoint, como um add-on gratuito. O PowerPoint Translator insere uma legenda automática embaixo do slide da apresentação, ajudando o deficiente auditivo a ter acesso ao conteúdo ao mesmo tempo que as pessoas ouvintes, como já acontece nas salas de aula do Rochester Institute of Technology, no estado de Nova York, com grande sucesso.

Ainda no Office, temos o add-on Learning Tools. Durante a leitura de um documento, esse recurso vai destacando as palavras uma por uma, auxiliando uma pessoa que tenha dislexia, autismo ou outro tipo de dificuldade mental.

O futuro da IA para pessoas com deficiência é ilimitado. Nossas iniciativas em prol da acessibilidade estão fundamentadas na nossa missão de empoderar cada pessoa e organização no planeta a conquistar mais. Juntos, podemos contribuir para um mundo mais inclusivo.

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